Nota pastoral
Orientações para a pastoral familiar na Diocese do Porto

Logo nos inícios do capítulo VIII da sua célebre exortação apostólica pós-sinodal “Amoris laetitia”, sobre o amor na família, o Papa Francisco escreve: “Aos pastores compete não só a promoção do matrimónio cristão, mas também o discernimento pastoral das situações de muitas pessoas que deixaram de viver esta realidade, para entrar em diálogo pastoral com elas a fim de evidenciar os elementos da sua vida que possam levar a uma maior abertura ao Evangelho do matrimónio na sua plenitude” (nº 293).

Em Portugal e no mundo, grande parte dos bispos diocesanos assumiram já esta tarefa pastoral. Agora, é chegada a altura de eu mesmo proceder a este dever de consciência eclesial. Façoo depois de um longo percurso iniciado «nas bases»: o texto que se segue começou por ser produzido pelo Secretariado Diocesano da Pastoral Familiar, a quem se agradece, bem como o trabalho da sua reformulação gradual. Depois, passou por todos os órgãos de aconselhamento (Conselhos Episcopal, Presbiteral, Pastoral e de Vigários). É, portanto, fruto amadurecido do contributo de todos eles.

O presente documento estrutura-se à base dos dois momentos fundamentais referidos pelo o Papa Francisco na passagem acima transcrita: o «carinho pastoral» que nos merece a família constituída ou a constituir e a cura que a Igreja, verdadeiro “hospital de campanha”, é chamada a realizar em benefício dos matrimónios fraturados. (…)

Excerto da Nota Pastoral